sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Casa de Areia: A força do Cinema Nacional


Tudo bem, meus amigos?

Quem me conhece bem, sabe o quanto sou cinéfilo. Mas não curto qualquer filme, não. Aliás, tive e tenho fases, já houve época (há muito tempo atrás) em que eu era viciado em filmes americanos, independia do gênero. Mas como o sujeito homem é um ser sempre em construção como diria Henry Wallon, teórico a quem admiro muito, com o tempo comecei a prestar mais atenção no enredo, aprendi a ler as entrelinhas do texto, passei a gostar cada vez mais de ler, de pesquisar, e a partir daí o cinema latino passou a chamar muito a minha atenção. Este ano estou interessadíssimo em acordar nos meus colegas o olhar para a riqueza do nosso Cinema Nacional. Temos produções de altíssimo padrão, e, que infelizmente muitos nem se dão ao trabalho de entender. Entender, sim. Porque as grandes produções nacionais precisam ser entendidas dentro das suas complexidades, pois falam do que há dentro de nós, do meio na qual vivemos, daquilo que nos afeta todos os dias... Faz pouco tempo, assisti ao filme Casa de Areia, do Andrucha Waddington, que me deixou extasiado não somente pelo cenário dos Lençóis Maranhenses, mas principalmente pela riqueza do enredo, pela poesia, pela força dos diálogos, pela subjetividade da obra, pela atuação das Fernandas (Montenegro e Torres). A obra cinematográfica, enfim, dispensa comentários. A areia no filme tem significado completamente metafórico, pois confunde-se com a vida das personagens, que neste filme é abordada a partir de três gerações. Recuso-me a falar mais sobre a obra, mas fica o convite a vocês para assisti-la quando puderem, pois só assim poderemos discuti-la e refletirmos a respeito da crueldade do tempo, que está sempre a correr e a consumir nossa vida sem pedir licença, como já escreveu Marcelo Hailer em sua crítica sobre o filme.

Até logo,

Atanael

Um comentário:

  1. Ata,

    Saudades de ti! Das boas conversas no refeitório e na sala dos professores! Espero que esteja bem! Minha vida passou por algumas mudanças, mas estou tentando superar! Quero parabenizá-lo pelo Blog, por compartilhar com os amigos as boas discussões que fazes, seja da literatura ou do cinema. Também gosto muito do cinema nacional e acho que tenhamos boas produções! Forte Abraço, Rodrigo!

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